sábado, 27 de dezembro de 2014
Indecisão...? Para o coração, não!
quinta-feira, 3 de outubro de 2013
Poeminha impaciente
Tenho ânsia em viver! Não posso simplesmente sentar, cruzar as pernas numa atitude de eterno prostrar...
Não posso simplesmente me colocar contemplativa diante de meus dias,
Esperando um novo ato da vida ou o fechar das cortinas.
É difícil ficar vendo o tempo escoar sem fazer nada,
Sem agir freneticamente numa tentativa boba de conter as horas, ou talvez de gastá-las duma vez!
A guardar, mas o quê? Seria a minha impaciente vontade de mundo?
Seria a minha vida-não-vivida escondida no ato de aguardar...?
Não posso aguardar segundos que viram séculos em oportunidades perdidas,
Não posso esperar que o final de tudo chegue, sem que eu tenha desvirado meu próprio ser, me multifacetado, me reinventado diversas vezes, com diversas cores.
Aguardar, a guardar, a guarda r...
Nada me fará te engolir por inteiro.
domingo, 31 de julho de 2011

Aspirou a manhã.
Encheu os pulmões de raios de sol e pétalas de flores.
Suas narinas sorveram os pássaros,
As nuvens, as crianças da praça
As mulheres da rua,
Sorveram as casinhas da cidade
Suas telhas de barro
Suas histórias que ninguém conta.
Seus olhos então se encheram
Dos desejos que passavam,
Que rodopiavam no céu
E sumiam com a fumaça que saía das chaminés.
Ouvidos para ouvir canções feitas de séculos
E mãos que acariciavam o tempo
Que passava lentamente sob sua janela.
Ela acordou a cidade para mais um dia.
quarta-feira, 29 de setembro de 2010
Sobre saudade e outros bichos durante uma tarde de primavera.

O dia hoje está aborrecido. O céu cinza parece estar de braços cruzados, e o vento frio que sopra só confirma que algo está fora do lugar, e muito, muito chateado. As cores estão em greve e existe algo levemente irritante nas horas.
sexta-feira, 24 de setembro de 2010
Relatividade
O que é um grão de poeira?
Depende do ponto de vista:
No chão, quase nada;
No olho, tudo o que existe.
Andante

A rua passava pela menina
Deixando suas marcas, aromas e cores.
O mendigo passava,
A mulher passava,
A criança, o cão, o homem sem nome passavam
Todos deixando suas dúvidas
Grandes dúvidas que ela carregava
E suas certezas...
Bem, a menina não tinha certezas.
Passavam pela menina as vitrines
E guardavam seus desejos;
Passavam os carros
Levando a menina para lugares que ela jamais iria.
Passavam as calçadas,
O asfalto, os bueiros,
O lixo dos cantos passava por ela
Que carregava parte da cidade.
A menina levava o resto de sonho do pedaço de jornal,
O resto de fome da comida no lixo,
O resto de vício jogado pela mão descuidada, ainda aceso.
Passavam olhos e seus segredos,
Passavam mãos, pernas, braços, sorrisos e lágrimas.
Toda a cidade passava pela menina
Suas luzes e cinzas;
Dores e restos,
Tudo lhe atravessava os poros;
A sinalização passava e não lhe indicava o caminho,
A estátua passava e não lhe via,
Então a praça passou por ela
E ficou uma flor em seu cabelo.
sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Não quero que esse amor se desfaça
Nas brumas da incerteza
Nem que se esmoreça
ante o punho frio da distância.
Quero sim que permaneça
A dançar pela cidade
Embevecido de saudade
Muito mais que só lembrança.
Porque a dor que dele nasce
Alimenta a minha alma
Que louca, doce e calma
Assim se mantém viva.
E desta forma essa tua amiga
Que tanto te espera e ama
Te colori nesta cama
Te consagra em sua vida.