
Não te amo como o fogo na noite,
Que reluz e queima e fere,
Nem te amo como flechas em brasa,
Ou furacões de gelo.
Não te amo como a sede no deserto,
Nem como um pingo vermelho num universo branco.
Te amo simplesmente como se ama as coisas pequenas,
E tudo o que faz a vida ser vida
E a morte ser uma continuação...
Te amo como se ama os mistérios,
O desconhecido e o além.
Te amo com uma grande calma,
De quem tem a eternidade a seu dispor.
Te amo tão profundamente
Que a tua mão na minha pele se torna simplesmente
Uma continuação do meu corpo;
Te amo tão profundamente
Que a ausência do teu ser é a ausência de mim mesma,
E quando você fecha seus olhos,
É a minha mente que os sonhos rondam.