Quando escrevo, nunca digo tudo;
Pois alguma coisa preciso guardar só pra mim.
Quando escrevo, omito alguns fatos, algumas vírgulas,
Porque o papel não guarda segredos...
Eu minto
Pra proteger os olhos de quem lê,
Pra evitar que a boca se abra em exclamação,
Ou que as lágrimas amargas brotem sem cair.
Quando escrevo, faço isso por mim,
Pelos meus demônios.
Não posso guardá-los o tempo todo,
Preciso liberá-los, me exorcizar...
Escrevo porque as experiências, por vezes, são pesadas
demais,
Para ombros tão pequenos!
E noutros, são doces demais para uma alma que é meio
ácida...
Se escrevo, e o faço sem excelência alguma,
É porque as palavras permitem reviver aquilo que me prende o
fôlego,
E reinventar o que me prende o choro.
Eu escrevo porque sou egoísta:
Não sei me compartilhar com outro ser que não eu mesma.
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