terça-feira, 6 de janeiro de 2015

A um amor jamais findo.



Sinto falta do sorriso frouxo e do abraço apertado
Falta do colorido que tinham as tardes naqueles tempos.
Sinto falta das palavras doces e até das ácidas,
Pois de tua boca nada saía que não fosse essencialmente terno.
Sinto falta da tua candura
Sempre tão presente,
E da clareza com que nos amávamos.
Sinto falta da doçura daqueles anos
Onde as preocupações não nos assombravam;
Éramos tão jovens, tão belos,
Como vento rodopiando no céu,
Éramos soltos, barcos à vela em mar aberto,
Sorriso certo,
Éramos só querer!
Hoje é a saudade que me ronda
Como lobo, espreitando a caça.
Simples e faminta,
Feroz e mordaz.
Nada posso contra sua força,
Que nasce da beleza daqueles dias
Singelos, lânguidos, eternos
Simplesmente porque encontraram seu termo.
Hoje sinto falta de tudo, e mais:

Sinto falta de você, e de mim.

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