
Aspirou a manhã.
Encheu os pulmões de raios de sol e pétalas de flores.
Suas narinas sorveram os pássaros,
As nuvens, as crianças da praça
As mulheres da rua,
Sorveram as casinhas da cidade
Suas telhas de barro
Suas histórias que ninguém conta.
Seus olhos então se encheram
Dos desejos que passavam,
Que rodopiavam no céu
E sumiam com a fumaça que saía das chaminés.
Ouvidos para ouvir canções feitas de séculos
E mãos que acariciavam o tempo
Que passava lentamente sob sua janela.
Ela acordou a cidade para mais um dia.